A UNESP, criada em 1976, resultou
da incorporação dos Institutos Isolados de Ensino Superior do Estado de São
Paulo, então unidades universitárias situadas em diferentes pontos do interior
paulista. Abrangendo diversas áreas do conhecimento, tais unidades haviam sido
criadas, em sua maior parte, em fins dos anos 50 e inícios dos anos 60.
Entre essas escolas que vieram compor a UNESP, pode-se
observar, de um lado uma certa identidade. Um grupo bastante expressivo,
formado por sete unidades universitárias, num conjunto de 14, ocupando amplo
espaço, constituído pelas chamadas Faculdades de Filosofia, voltadas
preferencialmente para a formação de professores que deveriam compor os quadros
das escolas secundárias do Estado. Desse conjunto fizeram parte a Faculdade de
Filosofia, Ciências e Letras de Assis, a de Araraquara, de Franca, de Marília, de
Rio Claro e de São José do Rio Preto.
Outros Institutos Isolados foram criados com a finalidade
de formação profissional como a Faculdade de Farmácia e Odontologia de
Araraquara, a mais antiga de todas essas escolas, fundada em 1923 e incorporada
ao patrimônio estadual em 1956. As outras foram as duas odontologias, de
Araçatuba e de São José dos Campos, a Faculdade de Ciências Agrárias e
Veterinárias de Jaboticabal, a de Engenharia de Guaratinguetá e a Medicina de
Botucatu.
No entanto, essas escolas, pela própria formação e por
uma qualificação precisa adotadas, foram marcadas por uma identidade entre a
docência e a pesquisa na compreensão da necessidade da busca de um
aprimoramento acadêmico. Associada a essa característica, essas escolas
estiveram fundamentadas no tripé que identifica a instituição acadêmica - a
docência, a pesquisa e a extensão de serviços à comunidade. Essas escolas, que
foram pioneiras na implantação do ensino superior público de qualidade no
interior do Estado de São Paulo, estiveram, desde sua criação, sob a
administração da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo.
Em 1969 foi instituída, na Secretaria da Educação, a
Coordenadoria do Ensino Superior do Estado de São Paulo (CESESP), com a
finalidade de gerir a administração daquelas escolas. Apesar da existência da
CESESP, essa administração sofria muitas críticas, dado o volume de atribuições
acumuladas naquela Secretaria, encarregada de toda matéria relativa ao ensino,
desde a educação primária até o nível superior.
Essas dificuldades eram registradas, principalmente, no
interior do Conselho Estadual de Educação, que passou a estudar a busca de uma
solução. Por outro lado, os Institutos Isolados sentiam a necessidade da adoção
de uma política que os aproximasse e desse a eles uma identidade própria.
Desde o início de 1975, as discussões a respeito de uma
nova forma de organização para os Institutos Isolados ocorreram na CESESP e
contaram com a colaboração dos diretores daquelas faculdades. Foram
apresentadas várias sugestões, visando o desligamento dos Institutos Isolados
da esfera de ação da Secretaria da Educação e sua organização sob novas bases.
As idéias giraram em torno da integração dos Institutos Isolados numa Federação
ou numa Universidade, sendo que esta última proposta foi a que contou com a
aprovação.
União dos Institutos Isolados - Em 1976, por determinação
do então governador Paulo Egydio Martins, e de comum acordo com o Secretário da
Educação, essas escolas deixaram o CESESP para assumir uma direção própria, na
forma Universidade, uma autarquia submetida ao governo do Estado de São Paulo.
De conformidade com a Lei 952 de 30 de janeiro de 1976, foi criada a
Universidade Estadual Paulista que recebeu do governador o nome de "Júlio
de Mesquita Filho", da qual passavam a fazer parte os Institutos Isolados.
A sede da Universidade estaria provisoriamente em Ilha
Solteira, onde foi criada uma Faculdade de Engenharia, no local das antigas
dependências da CESP. De conformidade com seu Estatuto, aprovado em 1977, a
UNESP era constituída por 14 campus e sua sede ficaria em São Paulo, de
acordo com as disposições transitórias, enquanto não houvesse em Ilha Solteira
as condições necessárias para o funcionamento da Reitoria.
À nova universidade deveria ser anexado, na forma de
autarquia, o Centro de Educação Tecnológica "Paula Sousa". Da mesma
forma, a Faculdade de Música Maestro Julião funcionaria como autarquia,
agregada à UNESP, até seu pleno reconhecimento, quando então passaria a ser
integrada à Universidade, funcionando em São Bernardo do Campo.
Assim criada, a UNESP teve como primeiro reitor o
Professor Luiz Ferreira Martins, que havia sido coordenador da CESESP até esse
momento. Em seus primeiros meses de funcionamento a UNESP se deparou com uma
série de dificuldades resultantes dos ajustes propostos por uma estrutura
excessivamente centralizadora e burocratizada. A nova forma de administração
havia adotado uma postura inflexível e excludente da participação da comunidade
universitária, o que não agradou a muitas unidades, havendo várias
manifestações de descontentamento.
Durante os anos 80, a UNESP passou por algumas
modificações que ficaram registradas em seu novo Estatuto, assinado em 1989. As
expectativas da mudança consistiam na possibilidade de transformar a UNESP numa
universidade essencialmente democrática na qual seus integrantes tivessem poder
de decisão. No mesmo momento que no Brasil levantava-se a bandeira das
diretas-já, a UNESP havia iniciado a campanha pela adoção de formas mais
democráticas de gestão. Também abria-se a possibilidade da integração de um
universo maior de interessados.
Expansão - Democratização e expansão foram as bandeiras
defendidas pela universidade na passagem dos anos 80 para 90. Ainda durante
esse período a Universidade esteve à procura da formação de uma identidade que
pudesse superar sua marca de origem, a excessiva fragmentação. Esta procura
significou uma aproximação cada vez maior da Universidade com o interior do
Estado de São Paulo, ao atender aos insistentes apelos das comunidades do interior,
quer pela incorporação de novos espaços, como no caso da Universidade de Bauru
(1987), do IMESPP (1989), ou ainda, na busca de um aprimoramento da criação de
novos cursos como no caso da incorporação do IFT (1987).
Visando uma dinamização da pesquisa e uma maior
integração entre os vários núcleos de pesquisadores, a UNESP incentivou o
desenvolvimento de um plano de criação de unidades auxiliares, unidades
complementares e centro interunidades. Propunha, ainda, o desenvolvimento de
museus com atividades coletivas e a criação de um projeto de integração e
desenvolvimento das bibliotecas.
Com a finalidade de otimizar sua administração, o
estatuto de 1989 criou as pró-reitorias, distribuindo, dessa forma, as várias
atribuições de administração da Reitoria, bem como assessorias especiais para
uma maior divulgação da universidade em vários setores. Outras inovações vieram
contribuir para uma ação mais completa da Universidade, com a criação da
FUNDUNESP (1987) e de uma Editora (1987), transformada posteriormente em
Fundação. Também foi criado o Jornal da UNESP e houve o desenvolvimento de um
plano de informatização.
Durante toda a década de 1990 a UNESP ampliou seu raio de
atuação, sobretudo na forma de aumento da oferta de vagas. Mas em 2003,
atendendo a numerosas solicitações e de acordo com a política do governo
estadual de promover maior incremento do ensino superior público, a UNESP se
expande em várias direções com a criação das então chamadas Unidades
Diferenciadas, atualmente denominadas Campus Experimentais (2006).
A UNESP (Universidade Estadual
Paulista “Júlio de Mesquita Filho”) é uma das maiores e mais importantes
universidades brasileiras, com destacada atuação no ensino, na pesquisa e na
extensão de serviços à comunidade.
Mantida pelo Governo do Estado de São Paulo, é uma das
três universidades públicas de ensino gratuito, ao lado da USP (Universidade de
São Paulo) e da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
Criada em 1976, a partir de institutos isolados de ensino
superior que existiam em várias regiões do Estado de São Paulo, a UNESP tem 34
unidades em 24 cidades, sendo 22 no Interior; uma na Capital do Estado, São
Paulo; e uma no Litoral Paulista, em São Vicente.
Ensino
Os mais de 3,5 mil professores
garantem sólida formação aos alunos. Mais de 7 mil funcionários colaboram
decisivamente para que as atividades sejam desenvolvidas da melhor forma
possível. A UNESP oferece 179 opções de cursos de graduação, em 68 profissões
de nível superior, que formam, por ano, 5,6 mil novos profissionais.
Na graduação, os mais de 36 mil
alunos podem participar de programas especiais de treinamento e realizar
atividades extracurriculares. Têm ainda a possibilidade de atuar em empresas
juniores, prestando diferentes tipos de serviços, como consultoria, assessoria,
elaboração de projetos e pesquisas de opinião.
Na
pós-graduação, mais de 10 mil alunos estudam em 118 programas, com 117
mestrados acadêmicos, 6 mestrados profissionais e 93 doutorados acadêmicos. Há
ainda 6,5 mil estudantes em cursos lato sensu promovidos pelo Núcleo de Ensino
a Distância (Nead).
Permanência ao
Estudantil
Os alunos da UNESP contam com uma
série de estímulos para seu aprimoramento. Há diversas modalidades de auxílios,
como bolsas de estudos, Programa de Apoio ao Estudante, Auxílio Estágio e
Incentivo Técnico Acadêmico e de Extensão, além de restaurantes universitários e
moradias que atendem a mais de mil alunos. A Universidade oferece, ainda, a
perspectiva de estágio no exterior, com bolsa concedida pela instituição
anfitriã, por meio de programas de intercâmbio de estudantes, além de programas
voltados à melhor formação do aluno.
Pesquisa
A UNESP está entre as instituições que mais produzem ciência no Brasil, em todas as áreas. Os alunos são estimulados, desde a graduação, a participar de projetos de pesquisa por meio de um conceituado programa de Iniciação Científica.
A Universidade é um exemplo em pesquisa em todas as áreas do conhecimento, e os alunos de graduação podem participar dessas pesquisas, auxiliando professores ou desenvolvendo seus próprios projetos de iniciação científica.
Extensão
Os projetos de extensão universitária buscam repassar à sociedade os conhecimentos da Universidade. Em contrapartida, professores e alunos recebem dados valiosos para o aprimoramento de suas atividades de ensino e pesquisa.
A UNESP destaca-se pela quantidade e qualidade dos serviços que presta à comunidade. Entre eles, podem-se enumerar atendimento médico e odontológico, assessoria jurídica a pessoas carentes, orientação a micro e pequenos empresários, atendimento psicopedagógico a crianças com problemas de aprendizagem e previsão do tempo para agricultores.
Fundações
A Fundação Editora UNESP tem aproximadamente mil livros editados e 300 obras com direitos autorais adquiridos. Braço editorial da Universidade é uma instituição moderna e ágil, voltada à difusão do conhecimento produzido pela UNESP, por outros centros acadêmicos de excelência no Brasil e no Exterior e por intelectuais em geral.
Fone (55) 11 3242-7171
FAX (55) 11 3242-7172
A Fundação para o Desenvolvimento da UNESP – FUNDUNESP propicia apoio a parcerias e estímulo à docência e à pesquisa. A grande missão da Fundação é fazer isso por meio de diferentes formas de parcerias, intervindo e efetuando canais de cooperação com instituições sociais e empresas públicas e privadas.
Fone (55) 11 3333-7188
FAX (55) 11 3223-1738
Para a realização de vestibulares e outros concursos públicos, existe a Fundação para o Vestibular da Unesp – VUNESP. Entre suas atividades, estão o planejamento, a organização, a execução e a supervisão de vestibulares e concursos diversos, para a UNESP e para outras instituições públicas ou privadas.
Fone (55) 11 3670-5300
FAX (55) 11 3670-5359
Vestibular
Considerado por especialistas do
setor um dos melhores concursos de ingresso ao ensino superior do País, o
Vestibular da UNESP atrai um número crescente de candidatos. No exame de 2013,
realizado no final de 2012, houve 94.350 candidatos para 7.014 vagas. No
Vestibular de Meio de Ano de 2012, que ocorreu em junho, foram
16.039 candidatos para 465 vagas.
Infraestrutura
A infraestrutura da Universidade inclui 1.900 laboratórios e 30 bibliotecas, com 1,2 milhões de livros. Além disso, há, à disposição de alunos e professores, museus, hortos, biotérios, jardins botânicos e cinco fazendas experimentais, perfazendo uma área total próxima a 62 milhões de m2, sendo 884 mil m2 de área construída. Somam-se a esse formidável conjunto, também, hospitais veterinários e clínicas de odontologia, psicologia, fonoaudiologia e fisioterapia.
Números da UNESP
Perfil
Cidades: 24
Faculdades e Institutos: 34
Unidades Complementares: 7
Colégios técnicos: 3 (7 cursos técnicos e 3 de nível médio, em Bauru, Guaratinguetá e Jaboticabal)
Carreiras: 68
Unidades Complementares: 7
Colégios técnicos: 3 (7 cursos técnicos e 3 de nível médio, em Bauru, Guaratinguetá e Jaboticabal)
Carreiras: 68
Cursos
Graduação: 179 opções de cursos que graduam anualmente 5,7 mil profissionais
Pós-Graduação: 118 programas oferecem 117 mestrados acadêmicos, 6 mestrados
profissionais e 93 doutorados acadêmicos, formando 2,4 mil pós-graduados
Pós-Graduação: 118 programas oferecem 117 mestrados acadêmicos, 6 mestrados
profissionais e 93 doutorados acadêmicos, formando 2,4 mil pós-graduados
Alunos
Graduação: 35.666
Pós-graduação: (stricto sensu) 11.043Total 46.709
Graduação: 35.666
Pós-graduação: (stricto sensu) 11.043Total 46.709
Professores3.553
Funcionários7.073
Infraestrutura
Área total: 62.124.291,45 m2
Área construída: 883.972,52 m2
30 bibliotecas (1.260.210 livros, 26.421 títulos de periódicos)
5 Fazendas de Ensino e Pesquisa
3 Hospitais Veterinários
Atendimento odontológico em 3 campus
Centro de Oncologia Bucal
Centro de Assistência Odontológica a Excepcionais
Centro Jurídico Social
1.900 laboratórios
Fonte: Anuário
Estatístico 2012 (base de dados 2011)
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